Da prática pastoral à militância política
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v49i193.3139Resumo
Sem negar os bons “frutos” da inserção da Igreja no meio popular, queremos, com este trabalho, contribuir para o avanço da pastoral libertadora através da crítica da mesma, apontando e discutindo os seus limites e problemas. Interessa-nos, particularmente, analisar a razão do purismo, do radicalismo (seja nas suas vertentes do ‘basismo’ ou do vanguardismo) com tendências ao sectarismo, presentes algumas vezes na prática pastoral. Luiz Alberto Gómez de Souza alerta que, diante dos problemas da caminhada, não faltam os que, “a partir de posições principistas, fazem a crítica ao ‘basismo’ ou ao populismo dos movimentos eclesiais. (...) O risco é ver os movimentos populares numa perspectiva próxima de Michel Foucault, como elementos isolados que não contestam o sistema capitalista englobante. (...) No outro extremo, uma ‘esquerda ortodoxa’ (e são tantos agora a disputarem a ‘linha justa’) resolve o problema em duas pinceladas: primeiro a tomada do poder, pelo partido, depois a mudança do sistema econômico e finalmente os problemas de participação e ‘revolução cultural’ pelos movimentos sociais. A prática real de tantos países socialistas mostra a dificuldade dessa outra sequência linear e não dialética e seus impasses autoritários”...
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