A religião dos Orixás – outra Palavra do Deus único?
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v47i187.3250Resumen
Ao lado das grandes religiões cujos fundadores ou cujos livros sagrados anunciam uma aspiração universal, existem outras com ambições mais modestas que se enraízam nas tradições imemoriais de um povo particular e estão indissociavelmente ligadas à sua cultura e ao seu destino histórico. François de l’Espinay relata seu encontro com uma delas, o candomblé, implantada no Nordeste do Brasil pelas populações africanas levadas como escravos. Importante pelas questões que ele apresenta a um catolicismo que impôs historicamente sua dominação aos Negros desse país, este testemunho o é também porque representativo de muitos aproches similares que não se efetuam no nível dos estados-maiores da missão ou dos colóquios entre teólogos, mas numa proximidade vivida no dia-a-dia, lá onde não se trata de exclusão ou de exclusivismo, nem de integração suave, nem de renúncia àquilo em que se crê. Nesse modo de encontro afloram concretamente os aspectos mais problemáticos do anúncio do Deus de Jesus Cristo àqueles cultos ancestrais: o Verbo se serviria dos Orixás para falar às pessoas do candomblé? (Nota do Tradutor).
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