A desventura e a opção pelos pobres. Simone Weil e a Teologia da Libertação latino-americana
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v69i276.1251Parole chiave:
Simone Weil, Teologia da Libertação.Abstract
Sob muitos aspectos, a vida de Simone Weil e seu pensamento precederam a Teologia da Libertação. Dez anos antes de os padres operários descerem ao submundo da fábrica moderna para proclamar o evangelho da justiça, e trinta anos antes da TdL proclamar que o mais profundo encontro com Deus devia dar-se no rosto do pobre, SW voltou sua atenção para os oprimidos, caminhou com eles nas fábricas, educou-os, trabalhou nos campos, e falou contra a injustiça. Viveu e fez tudo isso sobre a base de uma filosofia que vê a justiça como existente simultaneamente nas esferas política e religiosa, resultando em pontes de diálogo e demandas radicais. A intersecção entre compromisso político e experiência mística constitui a primeira originalidade de SW assim como seu legado para as gerações que a seguiram. Este artigo pretende refletir comparativamente sobre as convergências entre a vida e o pensamento de SW e as propostas da TdL latino-americana, que ganharam o espaço público nos anos 70 e mudaram a face da Igreja e da sociedade latino-americanas. No século XXI, quando o desencantamento com a política ameaça alienar os seres humanos, transformando-os de seres pensantes em sujeitos consumidores, parece-nos que o legado de SW pode ajudar a reviver e reeditar a inevitável e fecunda tensão entre fé e vida, mística e prática, que sempre acompanhou a civilização judeu-cristã em seu itinerário e sua configuração.
Abstract: In many aspects the life and thought of Simone Weil preceded the Theology of Liberation. Ten years before the priest-workers went down to the underworld of the modern factory to proclaim the Gospel of justice and thirty years before the Theology of Liberation proclaimed that the encounter with God should happen in the poor’s face, SW turned her attention to the oppressed, walked with them in the factories, instructed them, worked in the fields and spoke against injustice. She experienced and carried out all this on the basis of a philosophy that sees justice as existing simultaneously in the political and religious spheres leading to bridges of dialogue and radical demands. The intersection between political commitment and mystical experience is the most important original trait in SW’s work and her legacy for the generations that followed. This article intends to reflect comparatively about the convergence between SW’s life and thought and the proposals of the Latin American Theology of Liberation. In the 21st century, when the disenchantment with politics threatens to alienate the human beings, turning them from thinking beings to consumerist subjects, we feel that SW’s legacy can help to revive and to restore the inevitable and fecund tension between faith and life, mysticism and practice that always accompanied the Jewish-Christian civilization in its itinerary and in its configuration.
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