O conceito antropológico de cultura

Autori

  • Roque de Barros Laraia

DOI:

https://doi.org/10.29386/reb.v49i196.3080

Abstract

Permitam-me que comecemos desenvolvendo uma idéia que não é nossa, mas de um antropólogo americano, Clifford Geertz. Ela pode ser resumida nas seguintes palavras: ser humano não é ser Homem (com H maiúsculo), mas ser homem (com h minúsculo). Em outras palavras, isto significa que ser humano é pertencer a uma das inumeráveis culturas que existem na face da terra. É ser javanês, italiano, eskimó, tupi ou brasileiro. Com isto, Geertz derruba o postulado iluminista do Homem universal, o Homem com H maiúsculo, o Homem natural, que se escondia debaixo das roupagens culturais. Foi na trilha desse hipotético Homem natural — tão invisível quanto o famoso Homem das neves do Himalaia — que a Antropologia despendeu um grande tempo na busca inatingível dos “padrões universais”, do “consensus gentium”, da mesma forma que os filósofos ainda insistem na realidade dos valores naturais...

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Pubblicato

1989-12-31

Come citare

Laraia, R. de B. (1989). O conceito antropológico de cultura. Revista Eclesiástica Brasileira, 49(196), 771–777. https://doi.org/10.29386/reb.v49i196.3080