A dimensão mistagógica do presbítero na iniciação à vida cristã

Abstract

Objetiva-se nesse artigo refletir sobre como a dimensão mistagógica do presbítero na Iniciação à Vida Cristã é importante no cenário pastoral atual, sobretudo, nas relações entre catequese e liturgia; o mesmo situa-se dentro de uma concepção ministerial, onde o ministério do presbítero deve ser vivido como ministério de síntese e não síntese dos ministérios. Portanto, sua ação não é limitante e clericalizante, mas condicionante, que favorece a partir do seu agir as diversas iniciativas. Neste sentido, a reflexão reconhece e indica três formas importantes de sua atuação: a primeira é na “pastoral” querigmática como forma de ajudar a suscitar o encontro com Jesus Ressuscitado. Nessa “pastoral”, o presbítero deve não somente falar sobre Cristo, mas de certo modo fazê-Lo ser visto; a segunda é na “pastoral” mistagógica, cuja função do presbítero é tornar familiar a passagem dos sinais visíveis aos invisíveis mistérios, evitando apresentar o mystérion sem fazer referência aos sinais; terceira e última é reconhecer a assembleia litúrgica como sujeito e destinatário da catequese. Nessa, o presbítero deve reconhecer sua atuação mistagógica com aqueles que frequentam regularmente a comunidade, os já batizados, que, porém, não vivem as exigências do Batismo e, finalmente, com aqueles que não conhecem Jesus Cristo.

Abstract: The aim of this article is to reflect on how the mystagogical dimension of the priest in the Initiation to Christian Life is important in the current pastoral scenario, especially in the relationships between catechesis and liturgy; it is situated within a ministerial conception, where the ministry of the priest must be lived as a ministry of synthesis and not a synthesis of ministries. Therefore, his action is not limiting and clericalizing, but conditioning, which favors various initiatives based on his actions. In this sense, the reflection recognizes and indicates three important forms of its action: the first is in the kerygmatic “pastoral” as a way of helping to bring about the encounter with the Resurrected Jesus. In this “pastoral”, the priest must not only talk about Christ, but in a certain way make Him seen; the second is in the mystagogical “pastoral”, whose function of the presbyter is to make the passage from visible signs to invisible mysteries familiar, avoiding presenting the mystérion without making reference to the signs; third and final is to recognize the liturgical assembly as the subject and recipient of catechesis. In this, the priest must recognize his mystagogical activity with those who regularly attend the community, those already baptized, who, however, do not live the requirements of Baptism and finally those who do not know Jesus Christ.

Keywords: Pastoral Theology; Catechetics; Ministry; Presbyter; Mystagogy.