V. 83 N. 324 (2023): Mulheres na Sociedade e na Igreja católica

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Mulheres na sociedade e na Igreja católica. Neste número, a REB apresenta um recorte de gênero, visita a missão da referida Igreja e lida com aspectos culturais da plural e dinâmica sociedade humana. Esta é apresentada, também, como um amplo quadro de fundo e a referência ao feminino se caracteriza pelo destaque de figuras paradigmáticas. Algumas delas tão somente. E, despretensiosamente, pois agrupa-se o que foi oferecido.

No que diz respeito à vocação e resposta-missão da Igreja, a experiência aqui recolhida se apresenta como exercício de discernimento, uma vez que, por um lado, porta consigo a inquietação da incerteza e, por outro, a alegria de vislumbrar o caminho da verdade e da vida. Este exercício de discernimento tem por objeto a vontade de Deus, revelada em e por Jesus Cristo. Por isso, enquanto resposta ele se expressa como experiência de Deus, mística, encontro, paixão, razão e impulso vital, discipulado e compromisso sociotransformador. Em termos histórico-culturais, manifesta-se, sempre pontualmente, como compromisso voltado à superação de injustiças sociais e de insensibilidades ecossociais, frutos de desamor. Culturalmente, mulheres na sociedade e na Igreja aqui evidenciadas pressionam por mais espaço em meio à cultura patriarcal, contribuem de maneira própria na expressão da experiência de Deus, em trabalhos sociais, na implementação de ecoteologia integral, na diversidade inclusiva. Portanto, são inspiradoras de integração na Igreja e na sociedade. São inspiradoras de sinodalidade. Nesse sentido cabe destacar neste número da REB a expressiva participação de mulheres, sozinhas ou em coautoria. Portanto, mulheres na sociedade e na Igreja católica, com colaboração de Nelson Maria Brechó da Silva e Tiago Cosmo da Silva Dias, Nilton Rodrigues Junior, Faustino Teixeira, Maria Clara Bingemer, Márcio Luiz Fernandes e Cleiton Costa de Santana, Amauri Carlos Ferreira e Maria Helena dos Santos Morra e Yonne de Souza Grossi, José Abel de Sousa e Beatriz Gross e Elaine de Azevedo Maria, Ceci Maria Costa Baptista Mariani, Maria Aparecida Correa Custódio.

Além dessa rica inspiração, contamos com Mário Marcelo Coelho, que, a propósito da relação entre sinodalidade e sensus fidelium, propõe mais espaço à consciência pessoal no acesso aos sacramentos. Por fim, mas não por último, José Antonio de Almeida, motivado pelo modo sinodal de a Igreja ser, através da participação dos leigos em eventos sinodais ao longo da história eclesial, vê a mudança cultural transitar da Igreja-comunhão para a Igreja povo de Deus – um movimento de superfície.

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Elói Dionísio Piva ofm

Redator

Pubblicato: 2023-04-25