Os cristãos frente ao desafio da diversidade religiosa

Um diálogo entre A.T. Queiruga e L.F. Ladaria

Resumo

A globalização aproximou as religiões, gerando a necessidade do diálogo inter-religioso como dispositivo para a paz e a fraternidade mundiais. O Vaticano II abordou o tema da diversidade religiosa alargando o conceito de salvação cristã e reconhecendo as religiões como legítimos caminhos históricos para a salvação. O pluralismo religioso atual acentua a necessidade do diálogo e da coloração mútua entre as tradições religiosas. O presente artigo sintetiza o ensinamento do Vaticano II e do magistério posterior. Apresenta as razões teológicas para o diálogo inter-religioso a partir da contribuição de dois renomados teólogos atuais, Andrés Torres Queiruga e Luis Francisco Ladaria. Reforça aspectos do magistério do Papa Francisco sobre a importância do diálogo e da colaboração entre as religiões em vista da urgência da paz mundial. O artigo busca, ainda, oferecer aos cristãos fundamentos teológicos basilares que os ajudem a promover o diálogo, evitando a intolerância e o fundamentalismo.

Abstract: Globalization brought religions together, generating the need for interreligious dialogue as a device for world peace and brotherhood. Vatican II addressed the issue of religious diversity extending the concept of christian salvation and recognizing religions as legitimate historical paths to salvation. The current religious pluralism emphasizes the need for dialogue and mutual coloration between religious traditions. This article summarizes the teaching of Vatican II and that of the later magisterium. It presents the theological reasons for interreligious dialogue based on the contribution of two renowned current theologians, Andrés Torres Queiruga and Luis Francisco Ladaria. It reinforces aspects of Pope Francis’ magisterium on the importance of dialogue and collaboration among religions in view of the urgency of world peace. The article also seeks to offer basic theological foundations to Christians that can help them to promote dialogue, avoiding intolerance and fundamentalism.